segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Mundo Gospelizado

Eu nunca vou entender a necessidade de se criar um 'mundo gospel'.
Assim como não entendo a necessidade de tudo ter um sentido 'gospel' para ser apreciado.
Já não é o suficiente saber que os Céus revelam a glória de Deus, e que há uma convocação a todo ser que respira louvar ao Senhor? Não seria o respirar uma forma de adoração?
Que tudo é Dele, por Ele e para Ele?
Ou seja, que mesmo na falta de sentido, ele está lá. Na obra de arte, nas melodias das músicas, no levantar e no deitar?

13 de Julho de 2015

sábado, 29 de agosto de 2015

Doce Surpesa

Minha doce surpresa de todos os dias, Kerllen Nunes! Te Amo! Você faz dos meus dias cinzentos, um Paraíso de Paz!

Império - Sequestrados (Allan Cross)


Já começo dizendo que sou suspeito ao falar deste livro, já que o autor é um grande amigo meu. Escrever não é uma tarefa fácil, demanda muitas coisas, tais como inspiração, criatividade, sensibilidade. Tem pessoas que nasceram inspiradas com este dom de comover e transforma através de seus escritos, e o Allan é uma dessas pessoas. Escrever estudos é uma coisa, agora escrever ficção, é outro nível. rs

Criar uma historia fictícia para através dela transmitir uma mensagem, é um dom sem igual. E é isso que temos em "Império -  Sequestrados", uma historia cheia de mistérios e convicções. O enredo se dá em torno de um grupo de adolescentes que estão a caminho de um retiro espiritual no período de carnaval, e no meio da viagem o ônibus é abordado por vários homens encapuzados e com armas, que sequestram eles e forjam um acidente para encobrir o crime. O motivo disso, ninguém sabe, e a organização que está por trás de tudo é ainda mais misteriosa. E aí começa uma viagem cheia de dor, lagrimas e Redenção.

É possível viver e morrer por uma convicção? E se for um adolescente ou jovem, cujos seus objetos de anseio mudam a cada estação? Como gerar jovens convictos do que acreditam, a ponto de aguentarem até as ultimas consequências?

A vida cristã é cheia de desventuras, e a maior parte do tempo, não passamos de covardes passivos. Temos medo de enfrentar o mal e fazer o bem. Temos medo que o mal que enfrentamos, se volte contra nós, e que o bem que fazemos, não seja visto como 'bem', ou não supra a necessidade. Somos covardes!
O "Império" me emocionou a cada pagina, pois não tratou de algo anormal - super pessoas ou super heróis -, falou da vida como ela é, das tensões e medos que temos. Da covardia que a maioria das vezes nos domina. Das bravatas que não sobrevivem diante do confronto real.
Allan, falou sim de heróis, heróis anônimos e sem medalhas, heróis humanos, heróis convictos, que mesmo diante do medo, mesmo que tenham tentado desistir, ao fim sua convicção foi maior que o temor.
Ele estereotipou na vida dos personagens a imagem de nossos missionários anônimos, que dia a dia se entregam a morte em diversas áreas do mundo. Falou sobre ser adolescente e jovem comprometido a um nível real com nossa missão.

Não estamos preparados para morte, isso é verdade. Uma vez conversando com um amigo meu que é missionário, a respeito de martírio, ele me deu uma visão bem realista sobre o assunto. Perguntei se ele estava preparado para morrer, ao que ele respondeu:

- Ninguém está! Eu oro ao Pai, para que o dia que isso acontecer, Ele me dê as forças que preciso para não negar seu nome.

É real, não estamos, diante da morte nossas pernas ainda tremem. Mas quem disse que coragem é ausência de medo? Tememos por nós, nossa família, nossa reputação, nossos amigos, nossos bens. Tememos por muitas coisas. Mas como diria Shakespeare "Um dia você aprende que heróis foram pessoas que fizeram o que era necessário ser feito, enfrentando as conseqüências. "
Isso não significa que o meu amigo não estava pronto para se entregar a morte pela causa, mas sim de que ele estava disposto a enfrentar as consequências de seus atos, ainda que temesse.
Sim, somos covardes a maior parte do tempo, na maior parte do tempo somos "Pedro". Contudo, ainda que neguemos como "Pedro" - pois somos humanos como ele -, também nos rendemos como ele - porque nossa convicção e amor é maior que nossa vergonha.

Ao ler o livro você vai se deparar com essas e varias outras situações que dizem respeito a nossa vida, nossa vocação, nossa missão.

Sabe aquele livro que te prende? Que você fica ansioso para saber o que vai acontecer? Que te envolve no enredo? O "Império - Sequestrados" é o que você está procurando.

Com essa pequena sinopse e reflexão a respeito de alguns temas do livro, que eu quero recomendar a leitura.
Caso você queira adquirir, você pode mandar um email para imperioaserie@gmail.com e a Denise Campos vai repassar os detalhes da compra.

Enfim, é um prazer falar do Livro de um amigo tão querido, e que tanto me inspira.

Ismael Batista

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

NÃO É VINGANÇA

A Justiça de Deus é tanto corretiva, quanto punitiva. Não existe injustiça impune para Deus.
Pecado se perdoa e crime se pune. Simples assim!
A pessoa que mente, tem seu pecado perdoado mediante o arrependimento, e raras vezes terá alguma punição cível devido a mentira. Diferente da pessoa que matou, que terá também seu pecado perdoado mediante o seu arrependimento, mais irá arcar com a consequência de seus atos diante da Lei. Ou seja, ela será punida. A punição visa tanto o 'punir', quanto o corrigir.
Quando alguém me confessa que matou alguém e que está arrependido e precisa de Deus, eu ofereço o Evangelho, mas não deixarei seu crime impune. Não o faço por vingança, mas por Justiça.
O próprio perdão dos pecado, não foi um ato de absolvição sem a correção dos erros. Meus pecados não foram simplesmente 'perdoados', como se Deus passasse a mão na minha cabeça depois de uma chacina, e disse:"Não tem problema filho, eu te perdoo"
Meu pecado foi pago. Alguém recebeu a punição pelos meus pecados. E esse alguém foi Cristo. Ele levou a minha culpa sobre si, como se fora Ele o autor, e foi devidamente punido, com a punição do pecado.. A Morte!
Então, quando clamo por Justiça, não clamo por Vingança! E não, eu não sou a favor da redução! Creio que ainda é uma matéria que temos muito a evoluir, e realmente percebo que a maioria que clama por essa 'justiça', na verdade clama por vingança. Pois a justiça não se aplica mais aos moldes do olho por olho, que aliás, só era aplicada como um limitador da maldade humana, e não necessariamente como Justiça em sua mais plena extensão.
Acredito em correção com punição.
Acredito em punição com correção.
Acredito na simples correção.
Acredito na simples punição.
Onde cada uma dessas questões vai se encaixar, é outra historia.
Minha singela opinião, que com certeza ainda não é a definitiva. 

16 de Julho de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Ortopraxia


O principal problema dos Teólogos - para mim - é quando eles dão mais importância a Ortodoxia do que para a Ortopraxia.
De que me vale ser fiel a doutrina da encarnação de Cristo, se em mim não está encarnado em ações esse Cristo?
Religiosidade Morta.

16 de Julho de 2015

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

PERDÃO


Para o Perdão, já não importa quem errou, quem começou, quem magoou. O Perdão aplaca o tempo, aplaca a fúria, aplaca a ira. Não porque o tempo não possa passar, nem a fúria devastar e nem a ira acabar.
Mas diante do tempo, da fúria e da ira.
Antes do Perdão entrar em cena, entra o Amor, e esse Amor é o que dá força para que o Perdão venha antes que o sol se ponha.
Não espere o Amanhã. Hoje é o dia de Amar, hoje é o dia de Liberar o Perdão!
Antes do Final!


4 de Agosto de 2015

sábado, 22 de agosto de 2015

CONSCIÊNCIA E MEDO

Sempre é mais fácil convencer pelo medo do que pela consciência. As pessoas que fazem a pregação do medo, na verdade, fazem por 'medo' de pregarem a consciência. Mesmo que a consciência recobre a ideia de responsabilidade e compromisso, ela também reafirma a liberdade. E mesmo tendo ciência de sua responsabilidade e compromisso, você pode consciente rejeita-los.
O medo não abre diálogo, não dá opções, e mesmo que você resolva ir contra os ditames do medo, seu coração irá temeroso e oprimido.
É bem mais fácil convencer as pessoas a contribuir financeiramente, dizendo que se assim não fizer, o migrador, cortador, destruidor, o Darth Vader vai entrar em sua vida, ou que Deus não vai te abençoar.
Do que falar sobre "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Enfim, o que quero dizer não se resume a finanças, isso só é um exemplo - e sem dúvida o mais usado -, da pregação do medo.
Eu continuo a pregar a consciência, mesmo sabendo que nela existe uma maior possibilidade das pessoas desistirem, mas em contrapartida, os que se comprometem se entregam por completo a sua vocação.


10 de Agosto de 2015

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dependência

A busca da independência sem a dependência de Deus, não passa de perpetuação da infantilidade.

12 Dezembro de 2014

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Jiu Jitsu na Veia


Eu amo a Arte que pratico. Ainda não um dos melhores, mas espero um dia ser.
O que mais gosto no Jiu Jitsu, é que as barreias do biotipo são quebradas. Não há vantagem por ser maior ou menor, magro ou marombado, mais velho ou mas novo. só há experiências e técnicas, os detalhes farão a diferença em meio a luta. Seja com o Kimono, ou sem o Kimono..
Seu oponente pode ser 30 kg mais pesado que você, diante da Arte Suave, é só uma parede a ser transpassada pela garra e determinação.
Os melhores lutadores de Jiu Jitsu não são aqueles que nunca bateram duas vezes no tatame em sinal de desistência. Mas sim aqueles que aprenderam com cada falha e acerto, não subestimando ninguém, mas sim confiando que valeu a pena os treinos. E quando perde, é por que entende que ainda há muito a aperfeiçoar.
Dizem que é na faixa preta que você começa a aprender de verdade, e acredito nisso.
Mas desde já, quero honrar minha faixa Azul persistindo nessa paixão dia após dia conforme minha luta diária.
Ainda tem muito Jiu Jitsu pela frente nessa caminhada.
Aos meus amigos de Treino perto e distantes, e Mestres que são essenciais para meu crescimento a minha saudação:
ONEGAI SHIMASU!

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

"SEJA ETERNO ENQUANTO DURE"

Nada caracteriza melhor as expressões de relacionamentos da atualidade - em sua maioria -, do que essa pequena frase. A principio ela parece ser inofensiva e até bonitinha. Mas suas implicações praticas são devastadoras.
Primeiramente porque ela nada tem haver com o se Relacionar. Não é baseado na 'relação', mas sim na 'conexão'. São conexões que podem ser feitas e desfeitas, enquanto 'durar' o friozinho na barriga, a emoção da chegada, a dor da partida, a paixão sem medida. Enquanto houver isso, haverá a conexão, depois que passar, aliviado você falará que ''foi eterno ENQUANTO durou''.
Nada mais é, do que um desejo de satisfazer o Desejo, que uma vez passado, precisa de uma outra fonte de paixão para se manter. É o desejo de aproveitar o máximo que se pode, sem se comprometer de forma integral. É poder conectar-se e desconectar-se a hora que quiser, somente tomando para si os momentos bons que aconteceram. Nada mais individualista e egoísta do que isso, pois é a busca da satisfação própria no outro, e o descarte do mesmo uma vez que não lhe sirva mais aos seus desejos de consumação. Uma conexão defasada, precisa ser trocada por uma nova, e assim sucessivamente. Ao perguntar ao tal individuo sobre suas 'conexões'(relacionamentos), ele te responderá:"Foi eterno enquanto durou".
A futilidade, egoismo e o hedonismo marcam essas conexões 'eternas'.
Vivemos em uma geração que realmente acha que pode brincar de Amor/Amar.
Minha pequena reflexão do Livro "Amor Líquido - Zygmunt Bauman"

16 de Dezembro 2014

terça-feira, 18 de agosto de 2015

ApósTolos


É engraçado como ultimamente tem surgido tantas pessoas se intitulando como Geração Apostólica e Geração Profética. Mas não se deram conta de que este 'apostolado' e 'profetismo' não parece nenhum pouco pouco com o que a Bíblia diz ser(Mas sim com o que alguns querem que pareça).
Se chamam de apostólicos porque tem algum auto intitulado apostolo, e se acham profetas por que só 'profetizam' bençãos.
Esquecem que Apostolado tem mais haver com Renuncia, e profetismo com Denuncia.
Apóstolos que mais parecem semi-deuses do que humanos comuns.
E 'profetas' que mais querem ser conhecidos, do que fazer conhecido.
Você pode até achar que reclamo demais, contudo, não dá para fingir que está tudo bem!
4 de Dezembro de 2013

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Religiosidade Vã

A religiosidade vã é aquela que entrega tudo facilmente nas mãos do diabo.
Se fazer o famoso chifrinho com a mão for também usado por alguma seita. Pronto! É o suficiente para dar para o capiroto. Afinal de contas, quem liga se esse mesmo símbolo significa'eu te amo' em Libras?!
A religiosidade vã é aquela que considera as aparências externas mais importantes do que a realidade interna - a do coração.
A religiosidade vã é burra, porque não consegue ouvir seus contrários e muito menos se ouvir.
A religiosidade vã tem síndrome de papagaio, pois não consegue pensar, apenas repete o que seus 'ídolos' religiosos dizem.
Enfim, a religiosidade vã é morta.

29 de Dezembro de 2014

domingo, 16 de agosto de 2015

Evangelho Mercantilista

A diferença gritante do ministério e liderança de Jesus para os atuais líderes e ministério. Enquanto Jesus preferia as ruas e o calor humano, nossos super pastores preferem os gabinetes e os púlpitos, quanto menos contato, melhor.
O pobre é um artigo de luxo, do qual fala-se muito e envolve-se pouco.
E a parte mais engraçada de todas, mais de 50% dos recursos financeiros são gastos com uma coisa que nunca foi ordenança de Cristo: Construção de templos e reformas.
A visão de investimento no Reino é mercantilista. Só se investe no que se traz retorno a curto prazo e mantem a 'produtividade' a longo prazo.
Você tem liberdade de fazer muitas coisas, desde que não mexa no orçamento e não questione a liderança. Ou seja, você não tem liberdade de fazer nada.
Mas antes que me acusem de generalizar, sempre existem exceções a regra. E infelizmente essa tem sido a regra seguida pela maioria gritante dos evangélicos.
Eu prefiro ser uma exceção. 

sábado, 15 de agosto de 2015

Cristianismo Puro e Simples - C.S Lewis



C.S Lewis merece minhas considerações. Mesmo sem ser teólogo, conforme reza a regra dos que tem diploma para assim serem chamados. Ele consegue falar da teologia em seu aspecto mais profundo, o Prático.

Sou fã assumido do Lewis, e está obra em apreço, deveria ser leitura obrigatório para todo cristão que se preze. Simplicidade é o que resume este livro maravilhoso.
Seu raciocínio é cirúrgico, e ainda que discorde de certas opiniões, não posso discordar de sua didática e lógica. Ele cumpre com excelência o papel da apologética. Não aquela que tenta apenas defender uma verdade, mas sim a que quer trazer 'pessoas' para a verdade.
Sem sombra de dúvida este livro está entre suas obras-primas, se não é a própria.
Apesar de hoje haver um preconceito a respeito da palavra ''cristianismo'', preconceito que até entendo. A religião institucionalizada, mais baseada em homens do que em Cristo é responsável por isso. Contudo, entendo e emprego a palavra ''cristianismo'' em seu sentido mais amplo e profundo, e acredito que esse era o mesmo objetivo que Lewis tinha quando escreveu.
Lewis deixa claro que você não precisa concordar com tudo que ele escreveu, mas realmente são poucos os pontos de discordância, e até as discordâncias que aparecem, não são tão grandes ao ponto de serem divisores de águas.
Lewis, em minha opinião, é meio que um "Paulo" dos tempos modernos, no que tange a sintetizar o pensamento do Evangelho.
É obvio que não tenho como em poucas palavras sintetizar todas as ideias do livro, contudo irei destacar ao menos uma, para discorrer mais profundamente.

Livro I - O Certo e o Errado como chaves para a compreensão do sentido do Universo.
Nietzsche fala da impossibilidade de uma moral transcultural, e Sartre da impossibilidade da moral trans-existencial( E isso seria uma discussão sem fim). Você pode muito bem abraçar a amoralidade da vida, mas aí está o problema. Como se procederia isso?
Em exemplos simples, Lewis fala sobre uma Lei Natural que rege a todos os seres humanos de dentro para a fora (No livro "A Abolição do Homem" ele trata com mais detalhes a respeito disso - ainda vou fazer a síntese desse livro).
Rege não no sentido de obediência, mas sim no de consciência. Você se torna livre para 'errar', mas não estarás livre da culpa, ao menos que sua consciência já tenha sido cauterizada pela depravação moral. Logo entramos no conceito de "Certo" e "Errado", "Devo" e "Não Devo". O relativismo do "Certo" e "Errado" entra em choque com essa Lei natural, pois como já diria o Lewis, existem disparidades entre culturas e culturas, mas nenhuma chega a ser tão grande. Imaginar uma sociedade onde matar, odiar, trair e etc,  são visto com bons olhos? É um contrassenso. Admitimos que nossa moral, e mais moral, do que a moral Nazista. Contudo, como podemos chegar a essa conclusão? Tem de existir um padrão, pelo qual possamos dizer que moral X é superior a moral Y, e que ambas ainda não chegam perto da moral Z. E justamente sobre esse padrão, ou essa moralidade supra-cultural que Lewis atribui a Deus.
Dostoiévski em "Os Irmãos Karamazov" trata em uma das discussões a respeito da afirmação "Se Deus não existe, tudo é permitido". Tentando dar evidencia de que se somos frutos do acaso, não existe razão alguma para seguirmos preceitos tais como ética ou moral, porque a vontade do homem torna-se o seu próprio deus, e nenhum de seus desejos pode ser rechaçado dentro de uma conjuntura de "Certo" ou "Errado". Não existe o o "Certo" e o "Errado" diante do meu desejo de consumação, não existe conceito, contrato social, é tudo poeira cósmica. Quem impõe o "Certo" e o "Errado" como padrão? Uma conjuntura social? Mas quem colocou ela como Juiz? A 'moral' da 'maioria'? Logo, se a maioria em determinado lugar é altamente contra a Pedofilia, lá seria ''Errado" essa pratica, mas se em um outro lugar a grande maioria fosse a favor, lá seria "Certo"? E isso logicamente se aplica as coisa mais perversas que podem existir. A perversidade humana não tem limites, acreditem.
Não tem como conceber uma Moral Metafisica sem um conceito do Divino. Aliás, conceitos como Moralidade, Amoralidade e Imoralidade, não fazem sentido diante do acaso, pois não existe norteador para embasa-los.

- Ahhh.. Eu conheço ateus que são muito mais morais do que muitos cristãos, e eles não precisam de Deus para isso.

Mas como eles não precisam de Deus para isso? De onde veio essa moral, senão de Deus? Se Deus é por definição o "Bem", e você faz o 'bem' a alguém, é possível não ter nenhuma conexão com Deus?(Exceto, claro, quando você faz o bem, mas dentro de um plano maléfico, o que vai provar que desde o inicio não foi uma atitude do 'bem')
Por mais que você negue a força motor do bem, você não tem como pratica-lo sem de alguma forma estar se sujeitando a Ele -  O Senhor do Bem.

Essa foi uma síntese bem básica a respeito do assunto tratado por Lewis, e esse assunto é ainda melhor exposto no seu livro "A Abolição do Homem".
Espero que tenham gostado.

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Ismael Batista

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Deus é Culpado

É interessante como uma boa parte das pessoas que dizem não acreditar em Deus, guardam alguma forma de ressentimento em relação a Ele.Todo sofrimento, morte, guerra, catástrofes naturais e etc, é culpa de Deus. Ou seja, no fundo todos acreditam e vivem para Ele, nem que seja para nega-lo ou culpa-lo.
- "Deus não existe, mas se Ele existir Ele é culpado".

13 de Janeiro de 2015

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

De Sem Noção a Peregrino

Desde Maio de 2010 o Blog tinha por titulo, Sem Noção Gospel. A ideia inicial era ser um canal tanto de besterol, como de reflexão entre outras coisas, realizadas por mim e mais alguns amigos, do qual nós sempre nos reuníamos. Contudo, acabou ficando mais como um Blog pessoal, do que comunitário, e por isso mesmo ficou.

A nossa galera sempre foi da bagaçeira, e até hoje temos gigas e mais gigas gravados de loucuras que ficaram guardadas para nossos momentos nostálgicos. Conseguíamos conciliar muito bem nossas loucuras, com nossa sensatez. Ainda me lembro como se fosse ontem, de nossas reuniões de oração e devocional, que logo após encerrarmos, começávamos  alguma brincadeira tipicamente masculina de violência. HAHAHA
Ainda tinha 19 anos quando criamos esse blog, que acabou se tornando pessoal.
Ainda que não seja um grande erudito, ou o melhor dos escritores, escrevo por prazer. Comparo cada escrito, devocional, critica, que já escrevi. Me redescubro a cada texto. Me desconheço em alguns outros. Mas sou um ser humano em mutação, esperando dia após dia chegar ao estatura de homem segundo a imagem do Cristo.

Ao reler algumas postagens mais antigas, revivo o momento ao qual escrevi, os sentimentos empregados, que ainda que não fossem os mais corretos, eram com certeza os mais sinceros. Percebo que cresci em alguns pontos, e em outros continuo o mesmo. Releio, e me vejo na necessidade de atualizar minhas ideias, minha forma de escrita. Continuo a ser Sem Noção, e quem conhece sabe muito bem. rs
Mas este Blog hoje ganha um novo nome, e um novo endereço. Um que condiz ainda mais com a realidade que vivo dia após dia, a de estrangeiro, andarilho, Peregrino.

Estou Peregrinando, me descobrindo Nele. Sabendo que o que sou, sou Nele, pois sem Ele não-sou. Peregrinando eu vou, tentando conquistar pessoas para irem junto comigo, em um caminho do qual eu não sei, mas de fato nem importa, Ele é o caminho, e o caminho só se conhece indo, e com Ele e Nele, eu vou.

Então, sejam bem vindos ao meu diário de bordo!

Ismael Batista

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Discípulo Radical - John Stott

Meu primeiro contato com os livros de John Stott, foi amor a primeira leitura. Ainda era pré-adolescente quando li "O que Cristo pensa de sua Igreja", uma analise a partir das sete Igrejas do Apocalipse. Nem sabia que esse seria o primeiro de tantos outro livros, pensamentos, exemplos e inspirações que o nobre John Stott iria me proporcionar através de sua vida de comunhão e busca do Divino.

O livro que me proponho a falar, foi o ultimo de sua autoria no auge de seus 88 anos. Ele elucida oito características de um discípulo 'radical', e não, esse 'radical' não e de esportes radicais. rs
Ele evoca a etimologia latina da palavra 'Radical'(radix) que é raiz. Ou seja, o Discípulo 'radical' é o que é profundamente comprometido com suas crenças, que tem raízes profundas e bem alicerçadas. 
A princípio não havia nenhuma diferença entre ser cristão e ser discípulo, pois os dois significavam a mesma coisa. Contudo, com o tempo, a palavra “cristão” assumiu a forma de nominalismo. Já a palavra discípulo continua com a mesma implicação, pois ela diz respeito ao relacionamento de aluno e professor. Logo, somos chamados a sermos discípulos, ou seja, termos um relacionamento pessoal com nosso Mestre.

Stott discorre a respeito de uma vida de (1)Inconformismo com o mundo presente, do qual nós devemos viver, testemunhar e servir ao mundo, e ainda assim não nos conformarmos com ele. E diante dos desafios de nosso contemporaneidade pluralista, temos de proclamar a singularidade de Cristo, dizer não ao materialismo que tenta ofuscar nossa espiritualidade, afirmar as verdades de Cristo diante do relativismo e combater o amor a si mesmo na forma do narcisismo.

O proposito eterno para o qual fomos criados e que cada um de nós assuma nossa verdadeira identidade, e essa é a (2)Semelhança de Cristo. Desde o passado, ao presente, e no futuro, estamos a caminhar nessa direção, de partilharmos da natureza divina em toda sua plenitude. Devemos nos assemelhar em Cristo em todos os seus atos, encarnando sua mensagem em nós através de atos, servindo como ele serviu, amando com o amor do calvário, suportando os sofrimentos em prol do bem maior e cumprindo nossa missão assim como Ele cumpriu e nos comissionou para fazer o mesmo.

Esse processo de se assemelhar a Cristo, é um crescimento gradual, e logo, nosso anseio de ser o da (3)Maturidade. A maturidade é o estado de quem cresceu e aprendeu as lições que precisava, para seguir a vida com seus próprios pés. Ter um relacionamento maduro com Cristo requer tempo, e Deus se compraz em nos ver crescer, não importa o tempo que passe. Contudo, todo pai sente prazer quando seu filho começa a caminhar, mas qual é o pai quer que seu filho em idade adulta, ainda precise de ajuda no caminhar? O prazer do pai se encontra na satisfação de ver seu filho crescendo. Da mesma maneira Deus, se compraz em ver nosso amadurecimento Nele.

Ser um discípulo é abraçar suas responsabilidades diante do mundo, e não somente o das relações humanas, então logicamente também temos que ter o (4)Cuidado com a Criação como uma de nossas bandeiras. A natureza nos foi entregue para que zelássemos por ela, e para isso precisamos nos comprometer também com um estilo de vida e uma politica que se engaje na preservação da natureza como deve ser.

Diante de um mundo materialista, e por isso mesmo, consumista. Nosso maior desafio diante da sociedade que valoriza o 'Ter' acima do 'Ser' é uma vida de (5)Simplicidade e contentamento. Talvez umas das partes mais tensas do livro se encontre aqui, devido sua ênfase na simplicidade como estilo de vida. Fomos condicionados a acreditar no triunfalismo em aspectos altamente humanos e individualistas, de forma que só é vitorioso quem tem, e quem ostenta o ter. Acreditamos que é impossível que uma pessoa que tem amor as riquezas deste mundo possa entrar no Reino, e também entendemos que o Reino é ofertado aos pobres. A pobreza é abençoada na medida que aproxima o homem de seu criador, e a riqueza é amaldiçoada na medida em que distância o homem de seu criador, logo o problema não se encontra na pobreza e na riqueza, mas sim no estado do homem em relação a Deus. A pobreza é abençoada, mas mesmo assim tem de ser removida, tal como a riqueza. O desafio de uma vida simples se lança sobre esses dois lados da moeda. A simplicidade como estilo de vida se lança sobre: nosso cuidado com a criação; nosso repúdio a injustiça contra os mais pobres; nossa necessidade de sermos uma comunidade de amor; um comprometimento pessoal; um engajamento internacional; um engajamento politico; um comprometimento com a evangelização mundial; o retorno ao Pai sempre que por algum motivo viermos a nos afastar Dele.

O (6)Equilíbrio é responsável por nos dá a estabilidade que precisamos para nossa caminhada de maturidade, comunhão, adoração, testemunho, santidade e cidadania. O equilíbrio se constitui justamente disso, da boa harmonia do conhecimento com a prática. Lembrarmo-nos sempre de quem nós somos no Pai.

E só adquirimos esse equilíbrio quando lutamos para viver uma vida de (7)Dependência de Deus. E não só a dependência de Deus, mas dos outros também. Vivemos para Deus, quando vivemos para o próximo. E mostrar nossas vulnerabilidades não é um ato de fraqueza. Desde quando nascemos, assim foi debaixo da dependência de outras pessoas, e isso volta a se repetir como um ciclo em nossas vidas. O Pai quer que sejamos dependentes Dele, e uma das formas mais praticas de mostrar o quanto somos dependentes Dele, e mostrar também o quanto dependemos de outras pessoas em nossa caminhada. Juntos a vida não é pesada!

O ultimo ponto a ser tratado pelo livro, diz respeito a (8)Morte. Vida por meio da morte é um dos mais profundos paradoxos da fé e da vida cristã.
A salvação nos é entregue pela morte de Cristo; o discipulado é o processo de mortificação do 'eu'; a missão é a entrega a morte para que outros vivam; na perseguição morremos para viver. A morte é o convite a entrega total, devemos morrer com Ele, tendo a certeza que ressuscitamos juntamente com Ele.

Enfim, isso nada mais é do que um pequeno - e insuficiente -  resumo de um livro fantástico, do qual é mais do que recomendado para todo Discípulo de Cristo. Infelizmente não tenho uma leitura tão empolgante quanto a do próprio Stott, mas espero poder ao menos ter suscitado o desejo pela leitura deste livro maravilhoso. 

Que o Pai possa me conceder a Graça de continuar sendo um discípulo radical!

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Ismael Batista

*Os links de download são encontrados pela internet, e não hospedados por mim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

VOCÊ SE ACHA UM REVOLUCIONÁRIO?

Se você é um jovem cristão, como eu, talvez já tenha feito alguns questionamentos a respeito da Igreja como instituição/denominação. Ou até mesmo, já tenha tido a coragem, como eu, de fazer esses mesmos questionamentos aos lideres de sua Igreja(Denominação).
- Qual a necessidade de mais um templo em uma rua onde já temos vários de outras denominações?
- Qual a necessidade de mais um mega templo, enquanto não temos um abrigo para moradores de rua, dependentes químicos, cursos profissionalizantes, assistência - mais que alimentícia - as pessoas de nossas comunidades, e etc?
- Por que nossas Igrejas não participam mais ativamente das comunidades onde elas se localizam?
- Por que gastamos mais em construções e reformas, do que em evangelismo, ação social entre outras coisas de cunho mais importante, e menos supérfluo?(Uma construção/reforma pode não ser supérfluo, mas com certeza não está no topo das nossas prioridades)
- Qual a resposta e posição da Igreja diante de tanta desigualdade, preconceito, racismo, homofobia, e etc? Por que em nossas pautas de discussão estão temas tão superficiais, e os que carecem de nossa atenção estão a margem?
Enfim, muitas coisas. E é claro, que tudo que falo, falo de dentro de uma perspectiva cristão e denominacional. Pois essa postagem é voltada para você que é um jovem cristão, como eu. Enfim, muito mais do que tecer criticas, quero propor soluções. Deus já havia advertido através de Oseias, que o povo era destruído pela falta de conhecimento. A ignorância é realmente destruidora. Tanto daqueles que vivem debaixo da ignorância, como daqueles que a usam como meio de dominação.
Quero convidar você, a fazer mais do que tecer criticas.
Quero convidar você a lutar contra a ignorância que destrói nossos templos, macula nosso serviço, diminui nossa visão.
Quero te convidar a se juntar a pessoas, ainda que poucas, que estão de corpo e alma envolvidos na missão de tornar a Igreja(Instituição/Denominação) uma comunidade de Amor, Paz e Justiça.
Quero te convidar a participar da "Conferencia Mais Amor", para juntos aprendermos um jeito diferente de ser Igreja.
A Igreja, o corpo invisível de Cristo, continua muito viva. E uma prova disso é nossa fome e sede de Revolução, nossa fome e sede de Justiça.
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