sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Sem Receitas


Não existe 'receita de bolo' na Evangelização.
O Evangelho é a resposta de Deus ao homem, e essa resposta não segue um plano de ação.
Algumas pessoas precisam ser acolhidas pelo Amor antes de entenderem a Justiça. Outras precisam ser confrontadas pela Justiça para provarem do Amor.
O Evangelho se encaixa perfeitamente na debilidade do homem em encontrar e reconhecer Deus.
20 de Novembro de 2014

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Como tudo começou[Parte 2]

Depois de muitos pedidos - mentira -, continuemos a segunda parte desta linda historia de Amor!
Se você não sabe do que estou falando, click aqui "Como tudo começou[Parte 1]".


Depois de nosso primeiro beijo molhado na chuva, e nossas muitas conversas por telefone. Sem falar quando dormíamos com o telefone em chamada para 'dormirmos juntos' - que meigo!

E como havia dito na postagem passada, as coisas pareciam estar bem encaminhadas. Contudo, a vida é uma caixinha de surpresas.

Eu estou criando um costume novo, o de colecionar coisas. Tenho guardado os crachás das palestras que participo, das revistas e livros que leio, e o de lembranças através de objetos. Contudo, nenhum desses itens supera a minha coleção de "Foras'' que tenho, e por 'encrenca que parível', a maioria esmagadora só de uma mulher: Greyce 'Toco' Nunes!
Pois é, se você pensa que depois do primeiro beijo, os tocos iriam cessar, está muito enganado. Mas agora eles viriam por uma causa diferente.

Essa é a minha versão da historia, então vou dar a minha interpretação dos acontecimentos - se a Kerllen quiser contar a dela, ela que faça um Blog para si! (Brincadeirinha amor, por favor não me deixe sem internet mais uma semana!)

Os foras que a Kerllen me deu passaram por quatro estágios.
1° REJEIÇÃO - "Eu não sinto nada."
Eu gostava dela, mas ela não gostava de mim. Para ela era só amizade, bobinha. Ela não sabia que um homem não se aproxima de uma mulher por querer sua amizade. Pois é, sabe aquele cara que puxou assunto do nada com você no Whats? Ele quer te pegar! rs
Estou brincando, apesar de ter umas certas verdades dentro dessa afirmação, mas isso não vem ao caso, e não estou generalizando. 
Ela me rejeitava, porque logicamente ela não gostava de mim, ou pelo menos ela achava que não.

2° NEGAÇÃO - "Eu acho que não sinto nada."
Depois de um tempo, e da insistência do meu charme a cativa-la, ela começou a perceber, e eu também, que começa a gostar de mim. Mas ela vivia a negar isso. Ela só não conseguia disfarçar o clima e o ciume que sentia quando estava a conversar com alguma outra pessoa. Nossos amigos falavam, mas ela vivia a negar. E nesse nega nega eu continuava a levar toco da Srt Kerllen.
3° RAIVA - "Eu sinto, mas ele não me merece"
Então quando ela começou a gostar de mim, ela se convenceu de que eu não merecia uma chance. Claro, eu não era uma flor que se cheire também. A cada toco que levava, eu buscava o consolo nos braços de outras pessoas, o que fazia com que ela não acreditasse em mim. Isso eu cheguei a explicar na postagem passada.
Ela morria de raiva quando isso acontecia, e não me dava nenhuma chance por pura raiva.
4° IMPOSSIBILIDADE - "Eu amo, mas não podemos ficar juntos."
As coisas começaram a se estabilizar, começamos a conversar mais, a passar horas e horas no telefone, cantando, dormindo e toda aquela babação cute cute.. *_*
A família dela, além de não gostar de mim, estava passando por um situação delicada, e um namorado nesse período não seria uma boa opção.
Na medida que nosso relacionamento passava a ficar mais maduro, ele também exigia um posicionamento mais maduro. Eu morria de vontade de dizer para todo mundo o quanto ela era especial, que eramos namorados. Mas era tudo sempre escondido, e na verdade, pouquíssimas vezes nós marcamos algum tipo de encontro a dois, na maioria das vezes nós simplesmente nos víamos devido a alguma programação em comum.
Eu comecei a pressionar ela por uma posição mais seria em relação a nós, mas ela só dizia que me amava mais não podíamos ficar juntos, eu perguntava o porquê, e ela não me dizia claramente, só dizia que era por causa da família dela. Até que chegou o grande momento de nossas vidas.
Quem me conhece, sabe que mesmo com todas as minhas falhas, tento viver o Evangelho em sua simplicidade - por mais que na maior parte do tempo não consiga, não por ser um fardo pesado, mas justamente porque não consigo abrir mão dos meus fardos pesados, e trocar pelo leve que Cristo quer me dar todos os dias. Mas isso é outro assunto. Aqui basta saber que sou um pecador que foi encontrado pela Graça, e não consigo fujir da Graça que me alcançou.
Meu desejo é que essa Graça que se encontra em Cristo alcance a todo homem e mulher, e que cada pessoa possa estabelecer um relacionamento pessoal e verdadeiro com Ele. Aqui no Brasil, essa é uma chance que qualquer um pode ter - apesar do adulteração constante do evangelho. Mas meu coração arde em chamas constantes por aqueles que não tem acesso a esse Cristo. Meu coração arde para que pessoas encontrem a Paz e a Vida que há nele.
Missões corre em minhas veias, eu transpiro essa missão em minha vida e em meus atos. Faço de minha vida um manifesto da misericórdia que me alcançou.(Escrevi a postagem "Sonhos de um Adolescente" quando faltava poucos dias para ir para o treinamento missionário)
O Pai já havia me avisa muito tempo antes que chegaria o dia em que iria viver a intensidade e integralidade da missão entre outros povos, e me avisou muito tempo antes de sequer imaginar ou sentir.
(Eu falo a respeito disso na postagem "04 - Jornada com Ele")
Meu chamado começou a bater na porta, havia chegado o momento, mas como conciliar esse amor com minha vocação?
Eu já havia tido outras oportunidades de participar de projetos missionários de longo prazo, contudo, o Pai ainda não havia me confirmado que era o momento. Até que em 2010 conheci o Projeto UNIASIA e o Pai colocou a convicção em meu coração de que havia chegado o momento. Prontamente eu disse sim ao meu chamado.
Mas aí surgiu a grande questão, como é que vai ficar esse relacionamento tão enrolado? O projeto era de 7 anos. Será que nosso amor sobreviveria todo esse tempo? Será que ela iria junto comigo? Será que eu deveria ficar? Será, será, será.
Nesse momento começou nossa tortura, pois eu não tinha como dizer não ao meu chamado, ele era e ainda é maior do que eu.
Nós estávamos juntos, eu queria assumir ela, mas ela não queria, tinha medo. Agora a confusão estava feita.
Foram muitas conversas extremamente tensas, sem falar de outras separações que tivemos  antes de isso acontecer que foram muito tensas também, mas vou deixar essas para minha autobiografia daqui a alguns anos a frente. rs 
Eu não podia chama-la de minha namorada, não podia andar de mãos dadas, não podia dizer para tudo e todos o quanto a amava. Mas diante da minha ida, isso já não importava 'muito', o que mais me importava era o compromisso. Mas infelizmente, aconteceu nossa conversa trágica. Faltava pouco menos que uma semana para minha viagem, e marcamos de nos ver para conversar, sem saber que seria nossa ultima por muito tempo.

Eu: - Kerllen, eu não entendo do que você tem medo. A única coisa que eu quero é ter um compromisso serio com você, te assumir!
Kerllen: - Você não entende, eu não posso!
Eu: - Mas por que você não pode? Do que você tem medo? Me fale! E da sua mãe, seu pai? O que é?
Kerllen: - Eu não posso te explicar, mas é muito mais serio do que você pode imaginar. Você não vai entender.
Eu: - O que é que eu não vou entender, me fala?
Kerllen: - ... ... ...
Eu: - Tudo bem, já que você não quer falar, tudo bem. Mas eu preciso de uma resposta. A única coisa que eu quero é um compromisso, sair daqui com um compromisso com você, mesmo que ninguém saiba. Eu não sei como as coisas vão acontecer, se eu vou voltar para te buscar um dia, se você vai vim, ou seja lá o que for. Mas eu só quero sair daqui com a certeza de que estamos juntos. Sim ou Não? Se a resposta for sim, eu irei e levarei esse compromisso até as ultimas consequências, se a respostas for não, eu vou, não vou tentar te esquecer, mas também não vou fazer questão de lembrar de você. E aí, Sim ou Não? 
Kerllen: - ... ... ...
Eu: -  Seu silêncio já é uma resposta!

E nesse momento nossa conversa acabou. O silêncio dela representou um Não para mim. Quando fiz a pergunta, eu estava extremamente determinado em suas consequências, sejam positivas ou negativas. Para ela foi somente mais um silencio, mas para mim foi muito mais que isso - é eu sou meio fuleiro.
Para nossos amigos que acompanhavam nossa historia, e até minha própria família, estava tudo bem. Mas eu estava destruído por dentro. Era uma mistura de raiva com magoa.
Eu tive duas festas de despedida seguidas, uma pela noite - a fantasia -  e outra pela manhã - uma churrascada. Ele esteve, nas duas, mas eu já a tratava com indiferença.
Diante de todas as coisas que estavam acontecendo, ela havia escrito uma música para mim. E na manhã de despedida, nossa amiga Priscila falou, e todo mundo pressionou ela a cantar - ninguém sabia o que tinha acontecido.
E eu tenho a gravação desse dia. E aqui está.
Quando ela cantou essa música, tudo já estava definido, e só restara a amargura. Mas como se seguiu a letra da canção, Deus cuidou de nós dois.
Mas a historia não termina aqui, sem final feliz. Ainda tem algumas lagrimas pela frente, mas muitos sorrisos depois, agora e por vir.
Faltam 5 dias para o casório. Até lá eu conto a terceira parte desta linda historia de Amor.

Ismael Batista
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