sábado, 15 de agosto de 2015

Cristianismo Puro e Simples - C.S Lewis



C.S Lewis merece minhas considerações. Mesmo sem ser teólogo, conforme reza a regra dos que tem diploma para assim serem chamados. Ele consegue falar da teologia em seu aspecto mais profundo, o Prático.

Sou fã assumido do Lewis, e está obra em apreço, deveria ser leitura obrigatório para todo cristão que se preze. Simplicidade é o que resume este livro maravilhoso.
Seu raciocínio é cirúrgico, e ainda que discorde de certas opiniões, não posso discordar de sua didática e lógica. Ele cumpre com excelência o papel da apologética. Não aquela que tenta apenas defender uma verdade, mas sim a que quer trazer 'pessoas' para a verdade.
Sem sombra de dúvida este livro está entre suas obras-primas, se não é a própria.
Apesar de hoje haver um preconceito a respeito da palavra ''cristianismo'', preconceito que até entendo. A religião institucionalizada, mais baseada em homens do que em Cristo é responsável por isso. Contudo, entendo e emprego a palavra ''cristianismo'' em seu sentido mais amplo e profundo, e acredito que esse era o mesmo objetivo que Lewis tinha quando escreveu.
Lewis deixa claro que você não precisa concordar com tudo que ele escreveu, mas realmente são poucos os pontos de discordância, e até as discordâncias que aparecem, não são tão grandes ao ponto de serem divisores de águas.
Lewis, em minha opinião, é meio que um "Paulo" dos tempos modernos, no que tange a sintetizar o pensamento do Evangelho.
É obvio que não tenho como em poucas palavras sintetizar todas as ideias do livro, contudo irei destacar ao menos uma, para discorrer mais profundamente.

Livro I - O Certo e o Errado como chaves para a compreensão do sentido do Universo.
Nietzsche fala da impossibilidade de uma moral transcultural, e Sartre da impossibilidade da moral trans-existencial( E isso seria uma discussão sem fim). Você pode muito bem abraçar a amoralidade da vida, mas aí está o problema. Como se procederia isso?
Em exemplos simples, Lewis fala sobre uma Lei Natural que rege a todos os seres humanos de dentro para a fora (No livro "A Abolição do Homem" ele trata com mais detalhes a respeito disso - ainda vou fazer a síntese desse livro).
Rege não no sentido de obediência, mas sim no de consciência. Você se torna livre para 'errar', mas não estarás livre da culpa, ao menos que sua consciência já tenha sido cauterizada pela depravação moral. Logo entramos no conceito de "Certo" e "Errado", "Devo" e "Não Devo". O relativismo do "Certo" e "Errado" entra em choque com essa Lei natural, pois como já diria o Lewis, existem disparidades entre culturas e culturas, mas nenhuma chega a ser tão grande. Imaginar uma sociedade onde matar, odiar, trair e etc,  são visto com bons olhos? É um contrassenso. Admitimos que nossa moral, e mais moral, do que a moral Nazista. Contudo, como podemos chegar a essa conclusão? Tem de existir um padrão, pelo qual possamos dizer que moral X é superior a moral Y, e que ambas ainda não chegam perto da moral Z. E justamente sobre esse padrão, ou essa moralidade supra-cultural que Lewis atribui a Deus.
Dostoiévski em "Os Irmãos Karamazov" trata em uma das discussões a respeito da afirmação "Se Deus não existe, tudo é permitido". Tentando dar evidencia de que se somos frutos do acaso, não existe razão alguma para seguirmos preceitos tais como ética ou moral, porque a vontade do homem torna-se o seu próprio deus, e nenhum de seus desejos pode ser rechaçado dentro de uma conjuntura de "Certo" ou "Errado". Não existe o o "Certo" e o "Errado" diante do meu desejo de consumação, não existe conceito, contrato social, é tudo poeira cósmica. Quem impõe o "Certo" e o "Errado" como padrão? Uma conjuntura social? Mas quem colocou ela como Juiz? A 'moral' da 'maioria'? Logo, se a maioria em determinado lugar é altamente contra a Pedofilia, lá seria ''Errado" essa pratica, mas se em um outro lugar a grande maioria fosse a favor, lá seria "Certo"? E isso logicamente se aplica as coisa mais perversas que podem existir. A perversidade humana não tem limites, acreditem.
Não tem como conceber uma Moral Metafisica sem um conceito do Divino. Aliás, conceitos como Moralidade, Amoralidade e Imoralidade, não fazem sentido diante do acaso, pois não existe norteador para embasa-los.

- Ahhh.. Eu conheço ateus que são muito mais morais do que muitos cristãos, e eles não precisam de Deus para isso.

Mas como eles não precisam de Deus para isso? De onde veio essa moral, senão de Deus? Se Deus é por definição o "Bem", e você faz o 'bem' a alguém, é possível não ter nenhuma conexão com Deus?(Exceto, claro, quando você faz o bem, mas dentro de um plano maléfico, o que vai provar que desde o inicio não foi uma atitude do 'bem')
Por mais que você negue a força motor do bem, você não tem como pratica-lo sem de alguma forma estar se sujeitando a Ele -  O Senhor do Bem.

Essa foi uma síntese bem básica a respeito do assunto tratado por Lewis, e esse assunto é ainda melhor exposto no seu livro "A Abolição do Homem".
Espero que tenham gostado.

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Ismael Batista

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