segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Leituras 2021

 

Leitura N° 01/2020

[ Você é aquilo que Ama: O poder espiritual do hábito - James K. A. Smith (2016) 256 pg. ]

A primeira leitura do ano, e provavelmente a que vai reverberar pelo decorrer do ano inteiro. Fui profundamente confrontado e edificado, até nos poucos pontos de discordância pessoal que tive - o que provavelmente tem mais haver com minha tolice, e verdades que demoram para serem plenamente assimiladas.

As ponderações a respeito das liturgias vêem sofrendo uma transformação considerável em meu modo de percebe-las, e isso me tem feito um bem enorme. Somos seres litúrgicos, mesmo que não saibamos. E esse é um dos pilares da abordagem de Smith. "Somos o que Amamos", tem o mesmo imperativo de "Somos o que adoramos" e a liturgia nada mais é do que nossa devoção aos ídolos que Amamos/Adoramos e nos tornamos como eles. O Amor a Deus é o único possível, pois é o único que não nos petrifica no processo. É o único de transformar nossos corações de pedra em corações de carne.

O autor, filósofo e pastor. Disseca e expõe. Nós aponta os princípios do Reino, e nos convida ao Amor entregue, consciente e apaixonado ao único que deve ser imitado.

Leitura profundamente recomendada. ❤️

Leitura N° 02/2021

[ Ortodoxia - G. K. Chesterton (1908) 208 pg. ]

Já venho degustando esse livro a algum tempo. Um clássico, que merece a nossa atenção, por ser antigo e atual. De certo, sua linguagem e raciocínio são geniais, ao mesmo tempo que por vezes deram uma embaralhada em minha cabeça. Criar raciocínios muito longos, em uma leitura desatenta, faz com que percamos o fio condutor. Mas seus toques humorísticos, sarcástico e perspicaz dão um toque único na obra.
Não pense que o livro é um tratado teológico ou doutrinário. Não é, mas com certeza é uma bela defesa da teologia e da doutrina a partir do escrutínio de um pensador profundamente convencido das verdades do evangelho.

Quem pensa que sabe alguma coisa, mas ainda não leu G. K. Chesterton, ainda não sabe tudo que deveria. Um livro que com certeza retornarei mais vezes.


Leitura N° 03/2021

[ As histórias que Contamos: como filmes e séries ecoam e anseiam pela verdade - Mike Cosper (2019) 236 pg. ]

Pensem em um livro que li, mas desejando profundamente ser o autor dele. As histórias que contamos é um banquete para aqueles que como eu, curtem filmes, séries, animes e afins. Mas em tudo que vêem, não deixam de ver a Cruz e seus desdobramentos na Vida que imita a Arte e na Arte que imita a vida. O autor faz análises lindas, profundas e impactantes, passando por Tarantino e os tão famigerados "Reality Shows". Sem dúvida, seu principal marco, é relevar a Grande História, que está por traz de todas as nossas pequenas histórias.
Seu conhecimento bíblico, discernimento e aplicação independem da intenção dos diretores, roteiristas e afins. Isso porque, nosso inconsciente coletivo nós remete a um Éden perdido. Sendo assim, não fica difícil ver os desdobramentos da Queda e dos anseios dos corações humanos sempre em busca de redenção, geralmente nos lugares errados.

Um livro fantástico de muitas maneiras, apenas leia e descubra. Aliás, parabéns ao "The Pilgrem" mais uma vez por trazer conteúdos exclusivos, e sempre de ótima qualidade.


Leitura N° 04/2021

[ Em Defesa da Vida: como argumentar contra o aborto. -  Scott Klusendorf (2009) 256 pg. ]

Fiquei fascinado pela capacidade argumentativa do autor. Simplicidade, leveza e profundidade. O primeiro capitulo é singular, e já nos dá um apanhado geral de tudo que teremos pela frente. Em um diálogo fictício, ele consegue captar os inúmeros sofismas que estamos consciente e inconscientemente sendo levados a acreditar. Mesmo diante da delicadeza, complexidade e extensão do assunto, ele não foge, e não deixa ninguém fugir da questão principal: "O feto é um ser humano?" uma pergunta por vezes ignorada e boba, mas que desdobra uma infinidade de contradições em nossas argumentações.
Muito mais do que apresentar respostas logicas, o autor traz luz sobre o tema de forma didática e sem medo de pensar pelo outro lado.
Quem pensa que é só um livro sobre uma ótica religiosa sobre o tema, está redondamente enganado. Por mais que a premissa da "Imago Dei" no homem seja fundamental, não se ressume a isso.
Há muito tempo, repudio o abandono parental e o comparo como um aborto em vida, a eugenia social, que deixa a criança nascer até que ela 'mereça' morrer,  entre muitas outras criticas que já fiz sobre o assunto, a ponto de por vezes ser questionado se sou a favor ou contra o aborto. Minhas criticas permanecem as mesmas, mas reitero, o aborto é abominável, por mais que hajam muitos tons de cinza.

Leitura obrigatória para quem se interessa pelo assunto. 


Leitura 05/2021

[ Educação Clássica vs Educação Moderna: A visão de C.S Lewis (2018) 64 pg. ]

A educação nunca é neutra, e isso não é um problema. O problema se dá justamente em que tipo de pessoas ela está gerando em sua parcialidade. O livro a "Abolição do Homem" de C.S Lewis, ganha ares proféticos quando confrontamos com a realidade atual. A Educação Moderna tem gerado homens desprovidos de valores, egoístas, narcisistas e fracos. Em sua abolição do divino, ela aboliu o próprio homem, e o resultado é o nascer de uma geração condenada ao vazio existencial. Ela é paradoxal, uma vez que nega a virtude, mas quer homens virtuosos. Ou como diria Lewis, "ela castra os homens e depois exige que eles sejam fecundos".

E esse pequeno livreto aborda educação clássica e os contrapontos com a moderna, a partir do entendimento apresentado por C.S Lewis. A "abolição do homem" não é propriamente somente sobre educação, mas isso está em seu cerne. E Turley consegue captar e expressar magistral e resumidamente esses insights. Um livro curto e objetivo, que traz luz a um tema de vital importância para os nossos tempos.


Leitura N° 06/2021

[ A Arte e a Bíblia - Francis Schaffer (2009) 80 pg. ]

São séculos de história, e de tempos em tempos precisamos revisitar conceitos que foram esquecidos ou negligenciados pelo tempo ou pelo espírito da época. O espírito da época é justamente o emaranhado complexo de situações políticas, psicológicas e espirituais no qual o mundo está inserido, e que pelo bem ou pelo mal, nós fazem perder de vista assuntos de importância ímpar, contudo, sem a importância pragmática para o momento - ou de forma não aparente. Esse é o caso de nossa difícil relação com a Arte e nosso entendimento bíblico sobre ela. Nós últimos séculos passamos pela admiração, demonização, irrelevância, seletividade (sacro e profano) e a lista segue. Schaeffer nos mostra através da leitura bíblica o quanto nossa relação com a arte é importante. No final das contas, continuamos a sermos ávidos consumidores de arte, mesmo que seja as mais baratas e mesquinhas. A arte pode ser um lugar de beleza e profetismo. E como já diria Hookmaker, "ela não precisa de justificativa". E claro, a arte não é redimidora de si mesma. E como tudo que o homem toca, pode ser usada brilhantemente para o mal. E é importante frisar, que o talento usado para o mal é sempre uma perversão, um desvio de sua natureza que gera a monstrificação.

A análise de Schaeffer contribui para uma boa relação e recepção da Arte em suas variadas formas. Um livro curto, mas de relevância inestimável.
Leitura N° 07

[ Quem controla a Escola, Governa o Mundo - Gary DeMar (2017), 190 pg. ]

O assunto em questão continua sendo objeto de reflexão para mim, e as conclusões estão longe de chegar ao fim.  A educação está sendo um tema recorrente nas minhas leituras esse ano, seja pela importância, ou por um 'ser' chamado Miguel e o mundo que o aguarda - e meu papel nesse processo.
Como já disse no meu breve comentário em minha 5° leitura esse ano -  sobre educação clássica - , não existe educação neutra, e isso não é um problema - ou pelo menos eu achava, ou acho? Não sei. Me ocorreu uma série pensamentos a respeito, que só uma boa conversa com pessoas interessadas pelo assunto traria um certo alívio.

O livro em questão não foi suficiente, ele sucinta o debate, mas não corresponde a altura com sua argumentação, em minha opinião. Em sua critica a neutralidade educacional, ele não percebe que a defende muito mais um viés de imposição do que de opção. É possível defender escolas confessionais, sem necessariamente deduzir que tudo que passa disso é dispensável. Aliás, ele não defende escolas 'confessionais', mais unicamente cristã. 

Uma cultura educacional que não permite o diálogo com o diferente, não só foge da proposta da Educação Clássica, como gera uma educação bitolada e doutrinadora. O livro tem por vezes um tom alarmista e conspiracionista. Contribui com perguntas pertinentes, mas oferece respostas insatisfatórias.


Leitura N° 08

[ Confissões - Santo Agostinho (Séc IV) 240 pg. ]

Uma leitura que foi mastigada com o tempo. Agostinho merece a fama que tem no círculo teológico. Sua auto biografia espiritual, não perdeu sua atualidade. Nessa mistura poética, filosofica e teologiaca, Agostinho se desnuda sem medo de mostrar quem era e o que estava se tornando. Suas confissões, são por vezes uma denúncia profética sobre a vida de quem lê, e por outras um derramar de sabedoria prática. É preciso entender o contexto histórico, contudo, sua contribuição permanece até hoje. Ele confessa, não só o que era e quem é, mas acima de tudo, confessa sua completa dependência do Amado. E no "criaste-nos para Ti, e nosso coração vive inquieto se não repousar em Ti" está o cerne de quem não tem nada a temer sobre passado presente ou futuro, pois sabe muito bem quem é.

Leitura N° 09

[ Inteligência, pra quê? Como usar seu cérebro para a Glória de Deus. - Pedro Dulci  (2019) 176 pg. ]

Infelizmente, para muitos a Fé é a melhor desculpa para não se aprofundar sobre o que se crê, e por que se crê. Se creio porque creio, não preciso de razões. E por mais que esteja correto o entendimento de que a Fé a convicção do não se vê (não tem provas), o resultado da fé é sempre profundidade e não superficialidade. A superficialidade é a resposta de quem não se importa, mas apenas quer os benefícios de dizer que se importa. O tema é abordado de maneira pertinente, e gera ânimo de se fazer mais e melhor com os talentos que Deus nos deu. As universidades são e devem ser o ambiente onde a fé é presente e viva em seu devido lugar de importância, e ninguém precisa abrir mão do crê como atestado de intelectualidade. O livro de Dulce é importante e necessário.


Leitura N° 10

[ 12 maneiras como seu celular está transformando você - Tony Reinke (2020) 229 pg. ]

Eu confesso, meu Smartphone tem me transformado. Por mais que creia que muitos, se não todos de nosso presente seculo, também tenham sofrido essas mutações, falo por mim. E logico, não me refiro somente ao uso do smartphones, mas a tecnologia de maneira geral. E isso é obvio, a tecnologia veio para mudar nosso mundo mesmo, e é maravilhoso os inúmeros avanços civilizatórios. Mas tudo tem seu preço, quando não nos atentamos para o que pode estar em risco. Nunca estivemos tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo, gastando horas e horas em entretenimento vazio, sendo reféns do imediatismo, do desejo de aprovação, solitários com milhares de 'seguidores', estúpidos e insensíveis blindados pelo rigidez dom touchscreen. Enfim, a lista é longa. Foi um livro confrontador, contudo, revigorante. Não há nada de errado em relaxar fazendo vários "nadas" em redes sociais, desde que o controle esteja em nossa mão. A piada, é que todo dependente de algo, diz estar no controle do que depende. 
Uma leitura esclarecedora, desafiadora e necessária.


Leitura N° 11

[ Racismo e Justiça a luz da Bíblia - Tim Keller (2020) 140 pg.]

Keller aborda um tópico sensível, mas tem propriedade para isso. Tanto por seu profundo engajamento, quanto por seu profundo conhecimento. Nosso tempo tenta desconstruir e resinificar tudo. E se por um lado temos uma leitura fundamentalista e literalista da bíblia, por outro temos uma leitura relativista e elástica, onde não importa o que está escrito, mas sim como me sinto em relação ao que está escrito - meus sentimentos são o crivo interpretativo da bíblia, da vida e da historia. E ambos são destrutivos.
Keller aborda âmbitos políticos, ideológicos e teológicos a respeito do assunto com a leveza que lhe é própria, apresentando uma visão bíblica balizada. Sem sombra de duvidas uma leitura essencial para os nosso dias.

Leitura N° 12

[ Por que sou cristão -  John Stott (2004) 144 pg. ]

Stott dispensa qualquer apresentação. Mas preciso elucidar o quanto fui e ainda sou abençoado com todos os seus escritos. Sua simplicidade, paixão, zelo e amor por ensinar sobre Cristo me inspiram profundamente. Seu livro em questão foi fruto, mas não resposta, do livro de Bertrand Russel, "Por que não sou Cristão"  - está na minha lista infinita de livros que ainda irei ler. Ele não se propõe a responder os questionamentos e argumentos de Russel, mas nos oferece uma visão profundo sobre a pessoa de Cristo e suas implicações na vida.
É preciso deixar claro, não há 'cristão' neste mundo que esteja a altura do exemplo e vida de Cristo, somos indignos do nome que carregamos. A realização mais profunda de minha vida, é um dia poder ser um homem com Jesus foi, até que isso aconteça, não passo de um homem falho lutando consistentemente para Amar aquele que me Amou primeiro. Por que sou cristão? Porque Ele me encontrou quando estava perdido, e me Amou, quando não merecia ser amado. Por que? É tudo por causa Dele.


Leitura N° 13

[ E a verdade os libertará: reflexões sobre religião, política e Bolsonarismo - Ricardo Alexandre (2020) 256 pg. ]

"Você está escolhendo um presidente ou um pastor?" Foi a pergunta que me fizeram na corrida eleitoral passada, em razão de minhas críticas sobre auto-intitulado candidato de Deus, da Família e Cidadão de Bem (com o apoio e consentimento da maioria absoluta dos evangélicos). Minhas críticas eram em suma, críticas religiosas. Tê-lo como porta voz dos Cristãos, deveria ser motivo de temor e não de alegria. Mas infelizmente, o evangelicalismo brasileiro tem um problema sério com messianismo e poder. 
Ricardo Alexandre fez um trabalho primoroso que merece ser lido e compartilhado a todos que anelam por ver o nome de Cristo engrandecido no lugar de ser vilipendiado. Suas reflexões muito bem embasadas política, histórica e biblicamente são um alento. O livro desnuda nosso cenário e nossa vergonha. Nós fizeram acreditar que vale tudo em nome do anti-petismo, até mesmo baratear o evangelho, em nome de Deus, da Família e dos Cidadãos de Bem, claro.

Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê clareza em meio a tantas trevas de todos os lados.


Leitura N° 14

[ A religião do bolsonarismo: um ensaio teológico - Yago Martins (2021) 67 pg. ]

Yago carrega uma coragem que beira a soberba. De opiniões sempre fortes e contundentes, só fala do que crê e porque crê. Mesmo que discorde de alguns posicionamentos dele, reconheço que sua voz não deve ser ignorada. Ele tem algo a dizer que com certeza vai acrescentar em sua vida, mesmo que seja para nega-lo. Seu ensaio teológico sobre o fenômeno religioso ligado ao atual presidente merece ser lido e mastigado. Certo que achei alguns abordagens extravagantes e inócuas, mas em suma, a maioria de suas percepções são acertadas e necessárias em tempos de um evangelicalismo cada vez mais sectário. Mas sem dúvida o melhor livro sobre o assunto da perspectiva cristão evangélica é "E a verdade vos libertara" de Ricardo Alexandre.


Leitura N° 15

[ Notas da Xicara maluca - N. D. Wilson (2017) 207 pg. ]

Que livro meus amigos! De dar nó e desatar em movimentos quase que simultâneos. Sem dúvida um estilo literário que me cativou. Tratando de temas difíceis e doloridos com sabedoria, ludicidade e bom humor. Visitando a física, filosofia, historia e teologia com uma coragem que poucos tem.
A criatividade do autor é genial e confrontadora, por mais que ele não ofereça as resposta para tudo, suas perguntas são sem duvida um diferencial. Sem dúvida, uma leitura mais que recomendada.


Leitura N° 16

[ Moldando mentes e corações - Monica Whatley e Shawn Whatley (2019) 92 pg. ]

Educação tem sido um tema recorrente no decorrer desse ano. Creio que a escola não pode ser propriedade do estado, ao mesmo tempo que é preciso haver uma regulação dos limites que uma escola deve ter. O livro em questão aborda a educação cristão clássica na perspectiva de escolas confessionais. Fala sobre as inúmeras contribuições da educação clássica no processo civilizatório, mas peca pelo exclusivismo. Logicamente, as grandes religiões do mundo são exclusivistas (islamismo, judaísmo e cristianismo) pois imputam para si a propriedade privada da Verdade. Contudo, a realidade ideal do cristianismo deveria ser justamente a da tolerância com o divergente. Que não se impõe por vias coercivas sobre ninguém, pois não tem esse poder. Podemos ser exclusivistas sem ser excludentes. Isso significa crer na verdade única do evangelho, mas nunca criar sistemas que excluem ou marginalizam quem crê diferente de nós.
Sem duvida a educação confessional é o melhor caminho em contraste com a educação moderna, que se propõe a neutralidade, mas não tem nada de neutra, e rejeitando toda forma de expressão religiosa, não percebe que já se tornou religião também, e alias, a que mais cresce na modernidade, a "religião secularista".
O livro é muito bem escrito, tem ótimos argumentos e merece nossa atenção.

Leitura N° 17

[ O Profeta Prodigo: Jonas e o mistério da misericórdia de Deus - Timothy Keller (2019) 208 pg. ]

Mais uma obra sensacional, encantadora e desbravadora de Tim Keller. Ele demonstra sua genialidade ao fazer o paralelo entre a historia do "Filho Prodigo" com a historia de Jonas. No livro "O Deus Prodigo"(leitura 18/2020) ele já havia tratado da parábola do filho prodigo, falando sobre dois tipos errados de espiritualidade que geralmente cultivamos. E no livro em questão, ele repete as mesma assertivas, contudo de forma ainda mais profunda e contundente. A historia do profeta Jonas sem duvidas tem contornos maravilhosos de se analisar, e Keller faz isso com a excelência que lhe é própria. Nem precisa dizer que você precisa ler essa obra maravilhosa. 




















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